Em sessão solene da Assembléia Legislativa da Bahia, por
ocasião da entrega do Título de Cidadão Baiano ao escritor Herman Lima.
Na ocasião houve dois discursos, dado ao espaço não
reproduziremos aqui. Chamamos à atenção para o preâmbulo da fala de Herman. Abaixo
a recomendação da publicação em separato dos dois discurços, pelo Presidente da
Casa, deputado, escritor Wilson Lins, e a capa do impresso.
Discurso pronunciado pelo Escritor Herman Lima
Eu não vou dizer que não tenho direito a esta láurea excelsa que me acaba de ser concedida pela Bahia, através dos seus nobres representantes nesta Casa.
Eu não vou dizer que não tenho direito a esta láurea excelsa que me acaba de ser concedida pela Bahia, através dos seus nobres representantes nesta Casa.
No particular,
faço como dom Miguel de Unamuno, o famoso Reitor da Universidade de Salamanca,
autor de tantas obras fundamentais da cultura e do pensamento ibéricos, ao ser
condecorado um dia pelo ex-rei da Espanha, Afonso XIII.
Disse então o Mestre encanecido nas longas vigílias do espirito estas palavras peremptórias:
— Agradeço esta condecoração que eu mereço.
O rei entreparou o gesto da graça outorgada e reclamou:
— Estranho que o senhor fale assim, quando os que receberam antes esta comenda sempre me disseram que não a mereciam.
Ao que Unamuno, por sua vez, retrucou impassível:
— É porque êles tinham razão para dizê-lo.
Disse então o Mestre encanecido nas longas vigílias do espirito estas palavras peremptórias:
— Agradeço esta condecoração que eu mereço.
O rei entreparou o gesto da graça outorgada e reclamou:
— Estranho que o senhor fale assim, quando os que receberam antes esta comenda sempre me disseram que não a mereciam.
Ao que Unamuno, por sua vez, retrucou impassível:
— É porque êles tinham razão para dizê-lo.
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