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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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domingo, 28 de julho de 2013

A AGONIA DO DESGOVERNO



Nocauteado pelos acontecimentos de junho, que abalaram o Brasil, o governo, pressionado pela repentina queda de prestígio nas pesquisas de opinião pública, inflação ameaçadora, revolta escancarada nas ruas e reticentes atitudes dos seus acólitos, busca, estuporada e desesperadamente, remédios adequados à crise. Acostumado, entretanto, ao poder sem limites, mandos e desmandos, embarafustou por caminhos de brilho espaventoso mas de duvidosa eficácia. Lançou mão de reforma política através de plebiscito, que não constou das reivindicações populares, vista, certamente, como recurso dissuasório, com o que jogava os problemas nas costas do estuporado Congresso Nacional e do próprio povo ululante. A manobra não deu certo. O Congresso, que não prega prego sem estopa, caiu fora: plebiscito, reforma política para 2.014, não são viáveis, com o que a famosa, invencível, truculenta e amedrontadora base governamental começou a se fragmentar, fazendo lembrar velha história, a dos ratos que abandonam navio antes do naufrágio.
Atarantado, pegado em mentiras como aquela em que apregoa ausência de gastos públicos nas maracutaias da Copa do Mundo, o governo criou problemas com a classe médica. A providência inicial era a da importação de médicos cubanos. Seriam funcionários do regime dos Castro destinados às brenhas brasileiras mediante sistema de pagamento que não ficou perfeitamente esclarecido. A ideia inicial evoluiu, depois, para a importação de esculápios de qualquer nacionalidade e pela ampliação do ensino médico para oito anos, dois dos quais de serviços obrigatórios ao SUS, como se tal idiotice pudesse resolver os graves problemas de saúde publica do país, além de assustar estudantes que apenas pretendem o direito de ter uma profissão honrada. A tendência para a medicina cubana, de duvidosa eficiência, escondia tendências que a grande mídia escamoteou, como os cartazes e faixas exibidos nas ruas contra Lula e a presidente Dilma.
Acontecimentos que os fados atiraram sobre o povo brasileiro, como a visita do Papa e a denuncia de espionagem americana em território nacional, aos quais a propaganda oficial tem dado desmedida importância, não conseguiram aliviar as iras populares. Todo mundo sabe que a Internet é rede internacional sujeita a tecnologia que evolui diariamente e a ninguém oferece segurança. Ladrões invadem sistemas bancários e, “rackers”, blindadas estruturas de defesa de países no mundo inteiro. Não há segredos na rede.
A visita do Papa Francisco, que começa a encher o Brasil de romeiros, despertou as atenções da ABIN, que teria advertido o governo da possibilidade de manifestações políticas durante a estada do ilustre visitante. ABIM é a agência de espionagem do governo Brasileiro. Apesar de brincadeiras como a do chargista, que mostrou manifestantes pedindo ao Papa abatimento de vinte centavos no dízimo, a enxurrada de fieis que entram no Brasil, de toda parte, supostamente trazidos pela fé, deve despertar as atenções dos serviços de inteligência nacionais sobre o que alguns podem trazer nas malas e mochilas e de disfarceda movimentação de gente perigosa do tipo que anda a aterrorizar o mundo.
O fato é que desde junho as manifestações de desagrado não abandonaram as ruas, levando o governo ao que médicos e auxiliares chamam de estado pré-agônico, por simples incompetência, auto-suficiência exagerada, poder disfarçadamente ditatorial e desprezo pelo reais interesses do povo.

Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida

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