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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

VIDAS FEIRENSE - "FOLHA DO NORTE" - ed. 02 de setembro 1944



1823 - Labatut, em audaciosa sortida, lança sua forças contra os entrecheramentos lusitanos, N’A Guerra da Independência da Bahia escreverá Franklin Doria (Biblioteca Internacional de Obras Celebres, vol. XVI):

Por outro lado, o príncipe regente confiou o comando de nossas  operações militares ao brigadeiro Pedro Labatut, laureado nas campanhas de Napoleão I e na guerra da independencia de uma das colônias hispano-americanas. Do Rio de Janeiro partira o general com alguns contingentes, mas coagido por caso fortuito a desembarcar em Alagoas, conciliou os ânimos tanto nessa província como nas de Pernambuco e Sergipe, donde foi por terra à Bahia. Ahi, depois que chegou, no fim do Outubro, organizou o exército brasileiro, no qual deu o título do exército pacificador. Teve assim poderoso incremento a revolução. ]á favoneada pela proclamação da Independencia.


Este exército, cujo principal ponto do apoio era Pirajá, pequena povoação que demora a poucas milhas da capital, na maior parte compunha-se do bahianos o dia a dia engrossava. As circunstancias extraordinárias não consentiam que ele apresentasse um conjunto harmônico de tropas bom fardadas, como as do um exército regularmente constituído.

Entre as primeiras forças que nelle se incorporaram, havia duas companhias criadas na Cachoeira, uma com duas a denominação de Bolona e outra de Mavorte, cujos oficias o praças se fardaram às suas expensas e renunciaram e soldo e a etapa. Notava-se também a companhia de cavalaria de voluntários dos Pedrões, conhecidos pelo nome de Encourados, porque usavam trajos de couro.

Um clérigo, frei José Moria Brayner, a tinha formado e era comandante dela. Alem disto, um troço de sertanejos, procedentes do Rio das Contas, e fardados de pano de algodão, tecido no mesmo lugar, alistaram-se nas nossas fileiras. Nellas figurava ainda um corpo de libertos, que tiveram ao mesmo tempo a fortuna de sair do cativeiro e de arriscar a vida pela pátria. Muitos escravos até se arvoraram em soldados, e, a sombra uma bandeira nacional, reconquistaram a liberdade. Demais pertencia ao nosso exército o batalhão do Infantaria dos voluntários do príncipe D. Pedro, batalhão chamado doa Periquitos por serem de cor verde as golas e os canhões das fardas de suas praças.

Neste batalhão, comandado pelo major José Antonio da Silva, sobressaia como soldado Maria Quitéria do Jesus. Era uma Joven nascida de pais portugueses no recôncavo da Bahia. Dotada de fisionomia simpática e maneiras agradáveis, o seu talento natural de alguma sorte atenuava a falta de instrução. Vivia na companhia do velho pai, numa fazenda que elle possuía no sitio do Rio do Peixe, longe da vila da Cachoeira. Aplicava-se às ocupações domesticas, e nos lazeres distraia-se com o exercício da caça, no qual se afez ao manejo dos armas do fogo. Certo dia um emissário, encarregado de angariar voluntários para o nosso exército, apareceu na casa do fazendeiro, onde foi agasalhado. Como o hospede, na Intimidade da conversação, encarecesse as vantagens da independência nacional, inflamou-se o coração da moça em patriótico entusiasmo.

Resolvida, apesar da sua condição, a ir também combater pela liberdade, ella, sem detença, partiu ocultamente para aquella vila e, disfarçada em trajos de homem, assentou praça num regimento de artilharia, do qual, por lhe ser mui pesado o serviço, passou para o batalhão dos Periquitos.

Durante a guerra, com uniforme graciosamcnte modificado, em atenção ao sexo, pelo apêndice de um saiote do estofo escocês semelhante ao de highlander, a varonil camponesa entrou nas árduas pelejas, fazendo prodígios de bravura. No Rio de Janeiro, onde ela esteve depois da campanha, D. Pedro I, informado, como diz o decreto de 20 de Agosto de 1823, do decidido valor, denodo e Intrepidez com que Maria Quitéria de Jesus se distinguira em occasiões das mais arriscadas de combate, em que sempre se portara heroicamente, concedeu-lhe a patente e o soldo do alferes de linha. Noutro decreto da mesma data se lê que, para assinalar os serviços militares que, com denodo, raro entre as demais de sexo, prestara Maria de Jesus à causa da independência na perfiosa restauração da Bahia, lhe era concecedido o uso da insígnia de cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. Resta accrescentar que o primeiro Imperador, com a sua própria mão, lhe pendurou no peito a preciosa insígnia.

1860 - A presidência da província recebeu  comunicação  de que se acha concluída a picada para a construção da nova estrada que vai ligar esta vila a Jacobina.

1861—Segundo quadros demonstrativos organizados pela seção de estatística da repartição da polícia da província, foram recrutados, neste município, em 1880, quatro indivíduos, sendo três para o exército o um para a armada.

No mesmo ano foram capturados, aqui, oito desertores, sendo um da armada o sete do exército.

1869 - Foi nomeado desembargador da Relação desta província o dr. Leovigildo do Amorim Figueiras, ex-juiz municipal deste termo.

1871—A câmara, “conhecendo a necessidade existente de mais uma aguada nesta villa e grande secca que vai infligindo   principalmente aos moradores do Campo do Gado. Nagé e mais logares mixtos áqueles” Vlía 6 Silo Gonçalo.» incumbe o vereador Antonio da Costa Vitória de abrir uma fonte, aproveitado o minadouro e a escavação já feita pelos moradores.

- Portaria da câmara municipal determina ao fiscal não consinta se levante “barraca alguma na praça do Mercado” sem a previa autorização, “em virtude de até esta data só ter requerido e obtido licença para isto um numero de trinta mais ou menos”.

1878 – O dr. Juiz de direito da comarca, Estevão Vaz Ferreira, sustenta o despacho do juiz municipal e criminal suplente, Leonardo José Pereira Borges, de 13 de outubro p. p., pronunciando como incursos no crime de moeda falsa José Francisco Tupinambá, Salustiano Américo de Brito, Aprigio Dias da Rocha, José Pinheiro de Carvalho e João Pinheiro de Queiroz.

1880 – Circula na Côrte o tomo III da “Revista Brasileira”, que está publicando interessante, estudo de Silvio Romero: “A poesia popular no Brasil”.

Acolhendo uma versão, encontrada em Sergipe, do ABC de Lucas, já sem a característica, aliás, desse gênero de versos populares, Silvio pensa que Lucas, o famigerado “Lucas da Feira”, é seu comproviciano e o São Gonçalo a que se refere o ABC

        Vindo de lá da festa

        De São Gonçalo dos Campos...

é “Campos, uma pequena villa da província de Sergipe, pertencente à antiga comarca de Lagarto e hoje à do Rio Real”. E julga elucidar: “o orago da Vila é São Gonçalo.”

Si os versos fazem referencia à Bahia

Vou preso para a Bahia

Levo saudade comigo

“isso é prova – diz Silvio Romero – do como a Bahia, a antiga capital da colônia e a por muito tempo a mais notável e comercial do paiz ficou gravada na imaginação popular como a terra suprema, a nossa Roma ou o nosso Chanaan”.

Aí esta como se escreve a história... E aí está como Sergipe pretende disputar-nos a triste gloria de terra do salteador famoso...

1892 - Aparece na Côrte o “Almanack de Laemmert” para este ano.

No Quadro Geopraphico do Império do Brasil, parte relativa à província da Bahia, dá como suas cidades principais Valência (textual) Caravelas, Joazeiro, Cachoeira, Santo Amaro, Maragogipe e Nazaré. Nehuma referência merece à Feira de Sant’Ana.

1888 - A câmara municipal resolve alterar as bases do contrato feito com o cidadão José Antônio Gulmarães para executar o serviço do asseio do Matadouro Público e da praça do Comercio.

1889 – Os jornais chegados da capital da província trazem o necrológio do barão de Cotegipe.

1891 – Informa a “Povo:

FESTA DE SÃO BENEDITO

Como havíamos noticiados teve lugar na igreja dos Remédios com o maior brilhantismo. a festa deste glorioso santo.

Ocupou a tribuna sagrada o reverendo padre Lacerda, que produziu uma brilhante oração sacra, cheia der riquíssima phrases, que com maestria a erudição sabe burilar o fecundo pregador.

À noite houve leilão e depois fogo de artificio, sendo enorme a concorrência pública. 



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