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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 4 de junho de 2021

CELESTE DE CERQUEIRA

Santanopolitano, feirense, pesquisador, professor, historiador,  

escritor;

Arquivista do jornal "Folha do Norte";

 Autor de livro sobre a vida e a obra de Georgina Erismann;

 Organizador de coletânea de memorias Periódicos Feirenses

Santanópolis - 1954 a 1955 e jornal O Coruja -1955 a 1957.


CELESTE DE CERQUEIRA: Nasceu em 1888, na cidade de Feira de Santana, Bahia. Filha de Cesar Ribeiro de Cerqueira e Maria Amélia Bacelar Cerqueira de Castro. Começou a dominar tecnicamente a harmonia do canto em Feira de Santana com a cantora espanhola Eloina Martinez, que estava passando um período nesta cidade. O entusiasmo de sua mãe animou a filha a continuar os seus estudos. A intuição de sua mãe Maria Amélia Bacelar de Cerqueira que era pianista e professora, não passou despercebida a vocação da filha e que passam a residirem na capital. A princípio Celeste inicia o curso de canto com Marie Daumerie, e pouco depois com Madre Josephine, superiora do Convento das Mercês em Salvador, aprimorando e conhecendo os segredos da arte de cantar. Em 1912, Celeste de Cerqueira com o aproveitamento dos ensinos primordiais, deixou a Bahia com destino a Europa, sendo seu objetivo Paris. Na Cidade Luz, foi discípula da notável cantora russa Félia Litvinne aprimorando os ensinamentos de canto por três anos sendo bastante proveitosos, e devido à guerra em 1915, retorna ao Brasil para sua terra natal onde realiza algumas apresentações. Correspondências e amizade mesmo distantes, continuaram entre a mestra ilustre e a discípula baiana. Muitas cartas de Félia Litvinne para Celeste, que em todas elas, a grande artista deixou transparecer a sincera admiração a nossa conterrânea. Num dos cartões enviados encontra-se esta dedicatória honrosa: “À la chére et belle artiste Celeste de Cerqueira qui a si bien compris mon enseigment son professeur et amie Félia” ( A querida e atraente artista Celeste de Cerqueira que tão bem compreendeu meu ensino, sua professora e amiga Félia). Todos os segredos da arte de ensinar, e todas as dificuldades da arte de cantar, foram transmitidos sem reservas pela famosa cantora, e assimilados com extraordinário proveito pela discípula talentosa. Em 1922, Celeste de Cerqueira retorna à Europa. Na Alemanha o encontro com outra grande mestra, a professora Lili Lehemann que lhe ministra proveitosos ensinamentos da arte do canto com duração de um ano. Mais uma vez retorna a Paris em 1923, ao encontro da sua primeira mestra Félia Litvinne, dando continuidade aos estudos de canto que durou três anos. Vindo da Europa de retorno a Salvador, desempenha papel importante dando impulso inconteste ao movimento artístico contemporâneo. Assume a direção do Instituto de Música da Bahia, inclusive se destacando como professora de canto, onde muito contribui para o progresso cultural musical. Festa de arte ocorrido no dia 02 de março de 1929, em benefício para a conclusão das obras da Igreja do Senhor dos Passos, as primas Celeste de Cerqueira e Georgina Erismann, realizaram um magnifico concerto no salão nobre do Paço Municipal. No 2º Congresso Feminista realizado no Rio de Janeiro em 1931, a delegação da Bahia era composta de 4 representantes: Dra. Hermelinda Paes, Edith Mendes da Gama e Abreu, Judith Mendes e a cantora lírica Celeste de Cerqueira. As três últimas eram feirenses. Por ocasião do 1º Congresso Eucarístico Brasileiro, realizado na Bahia em 1933, foi encenado o “Oratório de Fátima”, do compositor luso Ruy Coelho, com versos de Afonso Lopes Vieira. Solista principal a cantora lírica Celeste de Cerqueira, com sua voz de contralto deu grande brilho ao espetáculo, sob a batuta do Padre Luiz Gonzaga Mariz, onde figuraram mais de 150 cantores. Celeste de Cerqueira juntamente com mais três personalidades, foram homenageadas pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, como elementos destacados do feminismo brasileiro, solenidade ocorrida no dia 11 de setembro de 1935 no Rio de Janeiro. Convidadas pelo maestro Villa-Lobos e Frei Pedro Sinzig, houve três apresentações no Teatro Municipal, sobre a “Missa Solene” de Beetthoven, a obra musical mais profunda de todos os tempos. Foram ilustradas pela apresentação do “Leitmotiv” e trechos particularmente expressivos, a cargo das professoras: Iza Queiroz Santos (piano), Celeste de Cerqueira (contralto) e Irene Yara Sacranmento (soprano), acontecimento em janeiro de 1936 no Rio de Janeiro. No início da década de 40, Celeste de Cerqueira se transferiu para o Rio de Janeiro, onde exerceu suas funções de ensinar e cantar, tendo realizado várias apresentações, e participando dos movimentos culturais sendo agraciada com o título de Mestre de Canto. Faleceu aos 57 anos no Rio de Janeiro, no dia 27 de janeiro de 1943.


 

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