A Remington, que antes se dedicava
apenas à produção de armas, foi a primeira empresa a investir na produção de
uma máquina de escrever, em 1874, já com uma configuração bem próxima do modelo
que se tornou popularmente conhecido em todo o mundo.
A partir de 1880, as máquinas de escrever
passaram a ser adotadas pelo mercado corporativo, em busca da legitimação dos
documentos comerciais que eram produzidos em todas as transações.
O aumento da demanda despertou o
interesse das indústrias para o novo produto, primeiro nos EUA e, depois, na
Europa, com a Alemanha sendo um dos principais polos, que em seguida se
espalhou para os demais países industrializados.
No Brasil, as
máquinas de escrever foram importadas até que passassem a existir as condições
de instalação das primeiras indústrias metalúrgicas, a partir da criação da
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1941.
DE NOVO A REMINGTON
Primeiro, a
americana Remington se instalou no Rio de Janeiro, em 1948, depois, a sueca
Facit chegou em Minas Gerais, em 1955, e, finalmente, a italiana Olivetti
passou a produzir em São Paulo, em 1959. Outras fábricas também surgiram mais
tarde, como a Precisa S/A, de origem Suíça, em São Paulo, ou a IBM,
especializada em máquinas eletrônicas para os escritórios.
QUEM INVENTOU A MÁQUINA DE ESCREVER FOI UM BRASILEIRO
O "complexo de viralata" do brasileiro é desde sempre. As escolas não volorizam a inteligência nacional.
A invenção de um
dispositivo mecânico de escrita no Brasil é atribuída ao padre Francisco João
de Azevedo, nascido na Paraíba do Norte (atual João Pessoa) em 1827 e falecido
em 1888. Professor de Matemática do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro,
integrante de uma família em que existiam mecânicos, constrói um modelo de
máquina de escrever que apresentou na Exposição Agrícola e Industrial de
Pernambuco em 1861, e na Exposição Nacional do Rio de Janeiro, em fins do mesmo
ano, sendo premiado com a Medalha de Ouro.
Os registros
parecem refletir que pouco se conhece a respeito desse feito, ou para ser mais
preciso, existe um documento escrito, uma cópia da patente concedida ao
inventor, paraibano Padre Francisco João de Azevedo pela rainha Ana Stuart
[1665 – 1714], que declarou: "An artificial machine or method for the
impressing or transcribing of letters singly or progressively one after
another, as in writing, whereby all writing whatever may be engrossed in paper
or parchment so neat and exact as not to be distinguished from print".
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