Nasceu a 24 de novembro de 1919, na
cidade de Feira de Santana, filho de João Marinho Falcão e Adnil da Costa
Falcão.
Fez o curso primário na sua cidade
natal, e o ginásio na Cidade de Salvador, dos anos 1930 1937. Em 1938, cursou no
Ginásio Santanópolis o curso Bacharel
em Ciências e Letras, depois ingressou na Faculdade Livre de Direto, em
Salvador. Em dezembro de 1942, formou-se em Direito.
Nesse mesmo ano começou sua militância no
Partido Comunista do Brasil, na clandestinidade, porque se opunha à ditadura do
Estado Novo, implantada no país em novembro de 1937.
Fundou, ao lado de outros jovens, a
revista Seiva, que seguia a orientação do PCB e em 1958, o Jornal da Bahia, que
dirigiu até 1984.
Em seguida, em 1943, foi convocado como
soldado para servir o Exército Brasileiro, em razão do Brasil ter declarado
guerra ao eixo, constituído pela Alemanha, Itália e Japão e ter se colocado ao
lado dos aliados, bloco constituído pela Inglaterra, Estados Unidos da América
e a União Soviética.
Esta experiência durou pouco tempo,
porque, em consequência de suas atividades comunistas, foi condenado, neste
mesmo ano, a cinco anos de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional, foi
expulso do Exército e preso, até seus advogados conseguirem sua absolvição
perante aquele Tribunal, meses depois.
Terminada a Guerra Mundial no ano de
1945, e concedida a anistia geral pelo governo, fundou o jornal O Momento.
Nesse mesmo ano concorreu às eleições para deputado federal pela chapa do
Partido Comunista, ficando suplente do deputado Carlos Marighela, único eleito
pela Bahia.
Com o fechamento do PCB em 1947, passou
a militar clandestinamente no Rio de Janeiro, ficando responsável pela guarda e
segurança do senador e líder comunista Luiz Carlos Prestes, até o ano de 1950,
quando voltou para Salvador.
Casou-se em 1947, com Hyldeth Ferreira Falcão, e tiveram sete
filhos, vinte e um netos e onze bisnetos.
Em 1950, fundou a Imobiliária Antônio Ferreira de Souza, em
homenagem ao seu sogro, que havia falecido. Esta Imobiliária construiu grandes
edifícios, inclusive o Edifício Antônio Ferreira, na Rua Chile, projeto do
escritório do grande arquiteto Oscar Niemayer, em 1954, e atuou em Salvador
cerca de vinte anos.
Em 1955, foi eleito deputado federal na legenda do PTB, com o
apoio do Partido Comunista, permanecendo até 1958. Após deixar o parlamento,
continuou militando pelo comunismo e chegou a ser motorista de Carlos Prestes.
Em 1958, já desligado do Partido Comunista, foi um dos
fundadores do Jornal da Bahia e seu diretor até 1983.
Em 1960, fundou em Feira de Santana o Banco Baiano da
Produção S.A., que até o ano de 1970 tinha agências em quase todas as capitais
do norte ao sul do país. Em 1977 fundou a empresa João Falcão Urbanizadora
Ltda., que está em atividade até os dias atuais.
No governo de Luiz Viana Filho foi presidente do Banco de
Desenvolvimento da Bahia, de 1967 a 1969.
Em 1967, criou o Museu Regional de Arte de Feira de Santana,
inaugurado em 26 de março e tendo precisado criar a Fundação Museu Regional de
Feira de Santana, Dr. João Falcão se apresentou para presidir a recém instituição,
formada por Eurico Boaventura, Fernando Pinto, Jorge Leal e Dival Pitombo que
dirigiu esta casa por 22 anos.
Foi membro do Conselho Consultivo da Usina Siderúrgica do
Bahia, sócio da Associação Brasileira de Imprensa e da Associação Baiana de
Imprensa, da Associação de Bancos da Bahia e membro do Conselho das Obras Sociais
de Irmã Dulce (OSID).
Recebeu a comenda de Grão-Mestre da Ordem do Mérito da Bahia,
no governo de Roberto Santos e a comenda da Ordem Municipal do Mérito de Feira
de Santana, na classe de Grande Comendador, recentemente.
Tornou-se membro da Academia de Letras da Bahia, no dia 09 de
setembro de 2010.
Afastando-se das atividades jornalística e empresarial em
1988, aos sessenta anos, iniciou sua vida literária com a publicação do livro
de memórias O Partido Comunista Que Eu Conheci. Em 1983 publicou os livros A
vida de João Marinho Falcão - Vitória de uma vida de trabalho; "Giocondo Dias
- a vida de um revolucionário". Em 1999, O Brasil e a 2ª Guerra Mundial;
em 2006, Não deixe esta chama se apagar - História do Jornal da Bahia; em 2008,
A história da Revista Seiva; em 2009, o livro de suas memórias, Valeu a pena
(Desafios de minha vida), ao completar 90 anos.
Faleceu no
dia 27 de julho de 2011, por conta de uma embolia pulmonar.
Fonte:
Oliveira, Lélia Vitor Fernandes de “Legisladores Feirenses"
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