Evandro J.S. Oliveira |
A sonoridade do título em “baianês”, nos remete ao belo
desfile da Mangueira no carnaval Carioca deste ano. Betânia entrevistada pela
televisão, creditou a vitória da Escola à
divindade da religião afro-brasileira OIÁ.
Crenças à parte, o desfile das Escolas de Samba do Rio de
Janeiro é de uma grandiosidade e beleza única no mundo. Cerca de uma centena de
milhar de pessoas se envolve na construção do evento, direta e indiretamente,
durante um ano para promover um espetáculo quase perfeito. Festa democrática,
laica, reúne indivíduos de várias matizes raciais, políticas, intelectuais,
técnicas, enfim como citou o escritor sociólogo Domenico De Masi, o desfile das Escolas de Samba do Brasil, é
um exemplo da criatividade coletiva.
Se antes havia pecados de interpretação históricas e
sociológicas no contexto dos enredos e nas descrições poética dos sambas, ao
ponto de jocosamente o grande humorista, compositor e escritor, Stanislau Ponte Preta
(Sérgio Porto), criar “O Samba do Crioulo Doido”, misturando personagem
históricas em tempos diferentes, atualmente não é assim. Tem pesquisa, é muito profissionalismo, sem interferir nas raízes dos ritmos e dos sambistas.
Pode-se achar cansativo, repetitivo, com certa razão, é um
espetáculo de 24 horas, com um intervalo de 12 horas, também não existe no
mundo nada com esta duração.
E o principal, não existe participação de Governos na
criatividade, talvez por isto mesmo é que funcione admiravelmente.
Esperamos que a abertura das Olimpíadas, não seja entregue a
estrangeiros, como aconteceu na abertura da Copa do Mundo, quando rivalizou com
o 7x1 no quesito RIDÍCULO, proporcionado por nossa seleção.
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