Ismael S. Bastos |
Sigo triste solitário
Ninguém é solidário
Tenho leito assoreado
Por sujeira massacrado
Forneço luz, irrigo terra
Corto vale, contorno serra
Viaja barco a motor e a vela
A beleza em cada curva revela
Mato a sede e sacio muita fome
Quem viaja sem parar não dorme
Pouca gente me dá carinho ou
afaga
Muita gente em mim sua mágoa
afoga
Tenho leito, mas nele não me
deito
Tentam me barrar, mas, eu não
aceito
Inventaram esta impossível
transposição
Eu não tenho volume d’água
para isso não
Estão querendo impedir que eu
seja corrente Rio
Com tantas malvadezas eu vou
acabar ficando Vazio
As minhas forças estão no fim,
quase não chego ao Mar!
Jamais fiz mal a senhor
ninguém, porquê querem me Matar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário