Hugo Navarro Silva |
Surpreendentes os festejos natalinos realizados pela
Prefeitura. Surpreendentes pela extensão. Foram vários dias de apresentações de
artistas de diversas modalidades, do clássico ao popular, despertando intenso
interesse do povo em várias partes da cidade, prendendo atenções e provocando
aplausos não apenas da população local mas de
vários pontos do Estado, principalmente porque nunca tivemos nada
semelhante na Bahia. As festividades ganharam aceitação e elogios jamais
imaginados. Durante dias a população assistiu, meio embasbacada pela surpresa,
à apresentação de orquestras, grupos teatrais, inclusive de ópera, bandas de
música, camerata, grupos de balé e autos de Natal totalmente conquistada pela impecável
organização das festas e pelo valor artístico das atrações que se apresentaram.
Apesar do sucesso e dos aplausos gerais, não faltaram
críticas ao Natal da Prefeitura, poucas, é verdade, superficiais e precipitadas,
até porque as festas desta cidade superaram, em muito, por seu cunho
profundamente cultural, qualquer simples
sistema de iluminação que possa ter existido em outras localidades.
O Natal em Feira de Santana, se repetido, poderá dar, no
futuro, a esta cidade, importância que
ela nunca teve no limitado conjunto dos sítios turísticos
da Bahia.
É verdade que a religião luta para dominar o Natal,tentando
restringi-lo ao conjunto de suas reservadas e particulares festividades, afastando a figura de São Nicolau, o Santa
Claus dos americanos, que dá nome a duas cidades dos Estados Unidos, diminuindo a importância do Bom Velhinho que há muito está roubando a
cena não somente pela força do comércio, mas pela grandeza da ternura, esperanças, felicidade e sonhos que desperta
nas pessoas, o que não se encontra
facilmente em qualquer outra comemoração.
A lenda do Papai Noel
tem origem obscura. Segundo uns surgiu na antiguidade, na Grécia. Para outros
teria sido inspirada na figura de um arcebispo da Turquia, Nicolau, santificado
por sua vida de milagres e de dedicação ao próximo. Teria
dado lugar à lenda principalmente o seu hábito de tirar as pessoas de situações
financeiras difíceis colocando sacos de moedas na chaminé de necessitados.
O Papai Noel que aparece, hoje, na televisão, nas lojas e
festas natalinas começou vestido de verde, substituído, pelos marqueteiros da
Coca-Cola, pelo vermelho que hoje ostenta, mais chamativo e atraente.
Desde o começo, entretanto, o Papai Noel é sempre um
velhinho gordo, feliz, corado, saudável, com
ares de bondade e aspecto de quem
está bem alimentado, distribuindo presentes. Consta que tem morada no Polo
Norte ou na Lapônia, onde sua casa foi construída e passou a abrigar enorme
fábrica de brinquedos, sonhos, esperanças e doces, para onde milhares de cartas
de crianças do mundo inteiro são endereçadas, todos os anos, e vale dizer que
não são poucos os remetentes presenteados pelo Bom Velhinho. A lenda do Papai Noel, uma das mais belas da
humanidade, espalhando alegria, felicidade e esperanças, afasta da mente do
povo, pelo menos por alguns dias, a soturna lembrança de esquálidas vítimas de traições,
cárceres, tormentos, espancamentos e morte.
Muitos e importantes símbolos e normas, que tiveram nascimento
ou se fortaleceram na religião, vão tomando, perante o mundo, caminhos próprios
e independentes de qualquer ligação com a religiosidade. Não só a maravilhosa
lenda do Papai Noel. Certas regras da conduta no meio social, por exemplo, originadas
da religião, passaram aformar um código de obrigações longe de qualquer
compromisso com a vida eterna.
É o q dá, colocar gente capaz e criativa como Secretário, Jailton Batista pelo segundo ano como Secretário da Cultura mostra sua capacidade.
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