ZEZINHO DE NÔ, como era conhecido, estudou no Santanópolis já com a idade avançada, no curso noturno. Só andava nos meios intelectuais: Gastão, Dival, Áureo, Clovis Amorim... Se trajava impecavelmente, sempre de terno branco. Tinha a mania de falar difícil.
Tinha uma tropa de jegues, com os adequados apetrechos para vender água, cangalha com quatro carotes, vasilha típica feita de borracha de pneu e madeira, na época muito comum em Feira de Santana, pois não havia água encanada. O maior no ramo era Seu Campos, morava numa chácara hoje fica defronte ao bar de Zequinha. A “Água do Ponto Central”, como era chamada tinha a fama de ser a melhor da cidade e era distribuída em caminhão, uma grande modernidade. Voltemos ao santanopolitano ZEZINHO DE NÔ.
Certo dia um dos jegues sumiu, o aguadeiro (trabalhador que vendia a água), responsável pelo jegue sumido, depois de procurar exaustivamente, foi comunicar o sumiço a Zezinho, este muito contrariado resolveu passar um sermão:
“Seu Chicão, nome do irresponsável, como é que o Senhor deixa o MUÁ escafeder-se, no seu atribulado a fazer, o MUÁ desaparece o Senhor é demissível, portanto posso exonerá-lo, depois vai dizer que seu fadário é cruciante.”
O aguadeiro atolemado responde “CUMA?”
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