Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quarta-feira, 4 de maio de 2016

ANTIGAS FESTAS DE FORMATURA DO SANTANÓPOLIS

Sandra Nívea
Rememorando como eram importantes para Feira de Santana as Festas de Formatura na década de quarenta. Abaixo trecho da Tese de Doutorado da Doutora Mestre Sandra Nívea. Pag. 256.
Ao lado a Tese completa. 
Os conteúdos explícitos e simbólicos de uma festa dançante de formatura, que pode ser interpretada como uma pausa no processo pedagógico tradicional da escola, são os mais variados e dirigidos a um público muito mais abrangente. Naqueles salões ―inundados de luz e ornados de copiosas flores (FOLHA DO NORTE nº 1638 de 30/11/1940, p1) presentes dicas de moda, decoração, culinária, regras de etiquetas que regulavam o bem ―portar-se na/da alta sociedade feirense. Ritual preparado passo-a-passo; era ele uma produção da comunidade através de suas comissões de finanças, de convites, de ornamentação, de recepção, festa, missa, imprensa, ações que mobilizavam a sociedade feirense em vários aspectos de sua vida: as famílias, que por razões obvias se envolviam na organização da festa; o comércio, movimentado pela venda de tecidos e aviamentos na Casa Estrela – a Casa dos Tecidos Maravilhosos – ou na Seda Moderna, para a feitura das roupas; a venda de sapatos finos; de maquiagem para embelezar as moças; o comércio de doces finos; quitutes e bebidas; a valorização de arte em madeira com o entalhamento dos quadros pelas mãos de hábeis artesãos; a venda de álbuns de fotografias no Folha do Norte; os jovens e as jovens do High Society eufóricos/as pela oportunidade de desfilar com seus trajes de gala a cargo das costureiras ou da modista Lindaura Novais (FOLHA DO NORTE nº 1848 de 9/12/1944, p.3) e das alfaiatarias – destaca-se entre elas a Alfaiataria Armando com seu brim irlandez (FOLHA DO NORTE nº 1954 de 21/ 12/ 1946, p.1). Para completar a elegância, a compra de meias de nylon na casa Sarkis e a produção do penteado nos salões de beleza situados à Rua Direita, não por acaso, em frente a Escola Normal. Toda essa movimentação era para que os fotógrafos de plantão eternizassem o momento com a oportunidade ímpar de registrar um evento como este, abaixo ilustrado, o qual deve ser mirado com a clareza de que a fotografia captura certo momento, mas ―é certo que a imagem fotográfica manifesta um conjunto de signos cujo grau de informação excede a simples função ilustrativa‖. (BENCOSTTA, 2006, p.301).

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