Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A ASSOMBRAÇÃO QUE NÃO ERA

Carlos Pires, santanopolitano, chegou à sorveteria “Marabá”, onde hoje fica Lojas Americanas, cerca de vinte e três horas, esbaforido botando o coração pela boca e falando: “eu vi Djalma... era Djalma” e os presentes sem entender nada apelavam para ele se acalmar, ele indignado repetia “Djalma irmão de Dudinha, eu vi falou comigo”.
Durante um tempo foi se acalmando, depois de ficar repetindo que viu Djalma e nenhum dos presentes atentando o motivo de tal estupefação ele conseguiu relatar o acontecido:
Vinha da casa da minha namorada, na escuridão do fim Getúlio Vargas, nas imediações do busto de Getúlio – nesta época a avenida terminava no cruzamento com a Maria Quitéria e o busto em homenagem a Getúlio Vargas ficava onde hoje tem um posto policial – quando ouvi uma voz “Carlos como vai?” me virei e deparei com aquela figura com o andar claudicante coxeando, ERA DJALMA. Aí um dos presentes falou que estava estranhando a razão de tanta celeuma, o fato de ter visto Djalma. Revoltado com a calma dos presentes tratando-o como se fosse louco, continuou gritando eu vi a alma de Djalma agora. Alma? Responderam uníssonos os ouvintes, Djalma está vivo, vivinho da silva (expressão da época). Há uns seis meses esteve muito doente. mas se recuperou, ficou com algumas sequelas, como andar coxeando nada de grave realmente. Carlos estupefato “vou matar Mário”, e a estória foi sendo esclarecida.
Mário “Bicicleta de Pau”, aí é necessário esclarecer o porquê do apelido bicicleta de pau.
Mário, santanopolitano, era muito inventivo e contou no colégio que estava construindo uma bicicleta toda de madeira e sempre prometeu levar para o Ginásio provando a sua capacidade, o que nunca aconteceu, ele não conseguiu terminar o projeto mas ficou com o apelido.
Voltemos para o relato principal. Djalma adoeceu, parece que foi congestão, ficou muito mal, morre não morre, todos os dias as noticias eram cada vez piores, Mario teve que voltar para Salvador onde estudava, morando na pensão junto a Carlos Pires, este perguntando pelas novidades de Feira, Mário resolveu antecipar o passamento de Djalma, já que era eminente, não contando com o milagre.    

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